quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Irmã Dulce


Irmã Dulce

A História de São Bartolomeu



Nenhuma narração bíblica lhe enfoca especialmente e seu nome consta apenas nas listas dos doze. No entanto, segundo a tradição, ele é o Natanael de que falam outras passagens, e isso fica evidente através da comparação entre os quatro Evangelhos. Natanael significa "Deus deu" - o significado desse nome fica claro levando-se em conta que ele vinha de Caná, onde deve ter testemunhado a ação de Jesus nas Bodas de Caná (Jo 2, 1-11).
Como narra a BíbliaSão Filipe comunicou a Natanael (São Bartolomeu) que havia encontrado o Messias, e que esse provinha de Nazaré, ao que Natanael responde dura e preconceituosamente: "De Nazaré pode vir alguma coisa boa?" (Jo 1, 46a). Essa observação é importante indicador das expectativas judaicas quanto à vinda do Messias, então tidas.
No seu primeiro encontro com Jesus, recebe um elogio: "Aqui está um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento" (Jo 1, 47), ao qual o apóstolo responde: "Como me conheces?". Jesus responde de forma que não podemos compreender claramente somente através das Escrituras: "Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas sob a figueira". Com certeza se tratava de um momento crítico e decisivo na vida de Natanael. Após essa revelação de Jesus, Natanael faz a sua adesão ao Mestre com a seguinte profissão de fé: "Rabi, tu és o filho de Deus, tu és o Rei de Israel".
Segundo fontes históricas, São Bartolomeu teria pregado o cristianismo até na Índia. Outra tradição diz que o apóstolo morreu por esfolamento em Albanópolis, atual DerbentCáucaso, a mando do governador, tanto que na Capela Sistina ele é pintado segurando a própria pele na mão esquerda e na outra o instrumento de seu suplício, um alfange. Segundo a Igreja Católica, mais tarde suas relíquias foram levadas para a Europa e jazem em Roma, na Igreja a ele dedicada.
O Santo Padre o Papa, na audiência do dia 4 de outubro de 2006, disse estas palavras que concluem o ensinamento da vida de São Bartolomeu: "Para concluir, podemos dizer que a figura de São Bartolomeu, mesmo sendo escassas as informações acerca dele, permanece contudo diante de nós para nos dizer que a adesão a Jesus pode ser vivida e testemunhada também sem cumprir obras sensacionais. Extraordinário é e permanece o próprio Jesus, ao qual cada um de nós está chamado a consagrar a própria vida e a própria morte".



A História de Santa Rosa de Lima


Santa Rosa de Lima nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no ano de 1586, coincidentemente no mesmo ano da aparição da Virgem Santíssima na cidade de Chiquinquira. Isabel Flores y de Oliva é o seu nome de batismo, mas sua mãe, ao ver aquele rosto rosado e belo, começou a chamá-la de Rosa, nome com a qual ficou conhecida.
Desde pequena, teve grande inclinação à oração e à meditação. Um dia estava rezando diante de uma imagem da Virgem Maria, com Jesus Cristo ainda bebê nos braços, quando ouviu uma voz que vinha da pequena imagem de Jesus, que lhe dizia: "Rosa, dedique a mim todo o seu amor..."
A partir de então, tomou a decisão de amar somente a Jesus, mas devido à sua beleza, muitos homens acabavam se apaixonando por ela. Para não ser motivo de tentações, Rosa cortou seus longos e belos cabelos, e passou a cobrir o rosto constantemente com um véu.
Decidiu ingressar em um convento da ordem agostina, entretanto, estando diante da imagem da Virgem Santíssima no dia da sua conversão, sentiu que não podia levantar-se nem mesmo com a ajuda de seu irmão. Foi então que percebeu ser tudo aquilo um aviso dos céus para não ir, e bastou fazer uma prece à Nossa Senhora para que a paralisia desaparecesse por completo.
A partir deste dia, Rosa, que se espelhava em Santa Catarina de Sena como modelo de vida a ser seguido, passou a pedir diariamente a Deus para indicar-lhe em que ordem religiosa deveria ingressar. Percebeu que todos os dias, assim que começava a rezar, aparecia uma pequena borboleta nas cores branco e preta, e com este sinal chegou à conclusão que deveria ingressar na Congregação da Ordem Terceira de São Domingos, cujas vestimentas eram nestas cores. Tendo ingressado na ordem aos vinte anos, pediu e obteve licença de emitir os votos religiosos em casa - e não no convento - como terciária dominicana.
Construiu para si uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, e passou a levar uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. Através de rigorosas penitências, Rosa eliminou de sua vida todo orgulho, amor próprio e vaidade, cumprindo à risca o que Jesus disse: "Quem se humilha será exaltado". Entre as penitências estava o jejum contínuo: Rosa consumia o mínimo necessário para sua sobrevivência e quase não bebia água. Dormia sobre duras táboas e ao olhar para o crucifixo dizia: "Senhor, a sua cruz é muito mais cruel que a minha".
Quando seu pai perdeu toda a fortuna, Santa Rosa não se perturbou ao ter que trabalhar de doméstica, pois tinha esta certeza: "Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência". Vivendo fora do convento, renunciou a inúmeras propostas de casamento e de vida fácil, dizendo: "O prazer e a felicidade que o mundo pode me oferecer são simplesmente uma sombra em comparação ao que sinto". Alcançando um alto grau de vida contemplativa e de experiência mística, suas orações e penitências conseguiram converter muitos pecadores.
Muitos milagres aconteceram após sua morte. Ela foi beatificada por Clemente IX em 1667 e canonizada em 1671 por Clemente X, a primeira da América a ter essa honra. É padroeira da América do Sul e das Filipinas.

Oração a Santa Rosa de Lima

Gloriosa Santa Rosa de Lima,
Tu que soubeste o que é amar
A Jesus com um coração tão fino
e generoso ensína-nos tuas grandes
virtudes para que, seguindo teu exemplo,
possamos gozar da tua proteção
na terra e de tua companhia no céu.
Amém.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Novena de Santa Mônica e Santo Agostinho


Oração para todos os dias


Santa Mônica e Santo Agostinho levai-nos à verdadeira conversão.
Santa Mônica e Santo Agostinho levai-nos à verdadeira conversão.
Santa Mônica e Santo Agostinho levai-nos à verdadeira conversão.
Amém.
Ó Santa Mônica que pela oração e pelas lágrimas alcançaste de Deus a conversão de vosso filho e do vosso marido, olhai para o meu coração amargurado. Eu rezo agora por esta pessoa que tantos dissabores e sofrimentos causa ao meu coração e a toda família:
(Diga o nome desta pessoa por quem você faz oração)
Santa Mônica, que Vossas orações se juntem às minhas, para comover o Bom Deus, a fim de que Ele, Deus Vivo e Verdadeiro, faça com que esta pessoa por quem rezo possa voltar ao bom caminho. Santa Mônica, fazei com que o Pai do Céu chame de volta à casa paterna este filho pródigo. Dai-me esta alegria e serei para sempre agradecido.
Oremos
Ó Deus Consolador dos aflitos, Saúde dos que em Vós esperam, que aceitaste misericordiosamente as piedosas lágrimas da Bem Aventurada Mãe Mônica pela conversão do filho Agostinho e  do marido Patrício, concedei-nos pela Vossa Intercessão, que choremos nossos pecados e encontremos a indulgência de Vossa Graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Santo Agostinho Rogai por nós!
Santa Mônica Intercedei por nós!
Amém.

sábado, 13 de agosto de 2011

Eu quero ser Filho (a) da Luz, Senhor Jesus

Senhor,
Eu quero ser Filho da Luz.
Eu quero levar ao  mundo a Tua Luz.
Senhor,
Eu sei que muitas vezes eu vivi na escuridão.
O pecado foi me consumindo e eu me acostumei com as trevas.
Eu fui infiel.
Eu abandonei o amor em busca de prazeres que não me trouxeram a felicidade.
Eu errei, Senhor.
Mas hoje estou aqui te pedindo perdão.
Hoje estou aqui abrindo as janelas e recebendo a Tua Luz.
Que a Tua luz me invada, me retire o medo de viver e me faça um anunciador.

Eu quero anunciar o Teu amor, mesmo que seja no deserto.
É essa a minha missão e é por isso que estou aqui nesta oração.
Faz de mim o que quiseres.
Eu Te amo, Senhor.
Sou Teu Folho.
Sou Filho da Luz!
                                                                           
                                                                                Amém.

                                              Rossi, Pe. Marcelo. Ágape.São Paulo: Globo, 2010.p.35

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Oração de São Jorge

São Jorge, guerreiro da Paz, soldado de Cristo, rogai por nós!


Chagas abertas, Sagrado Coração todo amor e bondade, o sangue do meu Senhor Jesus Cristo, no corpo meu se derrame hoje e sempre.
Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me exerguem e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não o alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.
Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder de sua Santa e Divina Graça, a Virgem Maria de Nazaré, me cubra com o seu Sagrado e Divino Manto, me protegendo em todas minhas dores e aflições, e Deus com a sua Divina Misericórdia e Grande Poder, seja meu defensor, contra as maldades de perseguições dos meus inimigos, e o glorioso São Jorge, em nome de Deus,  em nome de Maria de Nazaré, e em nome da falange do Divino Espírito Santo, me estenda o seu escudo e as suas poderosas anulas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, do poder dos meus inimigos carnais e espirituais e de todas sua más influências, e que debaixo das patas de seu fiel ginete, meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós, sem se atreverema ter um olhar sequer que me possa prejudicar.
Assim seja com o poder de Deus e de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
                                                                                                             Amém.

A Lenda de São Jorge

A Lenda de São Jorge

Um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade trazendo-lhe a morte com seu mortífero hálito. Para ter afastado tamanho flagelo, as populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, pegas por sorteio. um dia coube a filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge.

O valente Guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

Datas Marcantes No século XII, a arte, literatura e religiosa popular representam São Jorge, como soldado das cruzadas com manto e armadura com cruz vermelha, nobre um cavalo branco, com lança em punho, vencendo um dragão. São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do mal, da dominação e exclusão.

Desde o século VI, havia peregrinações ao túmulo de São Jorge em Lídia. Esse santuário foi destruído e reconstruído várias vezes durante a história.

Santo Estevão, rei da Hungria, reconstruiu esse santuário no século XI. Foram dedicadas numerosas igrejas a São Jorge na Grécia e na Síria.

A devoção a São Jorge chegou à Sicília na Itália no século VI. No séc. VII o siciliano Papa Leão II construiu em Roma uma igreja para S. Sebastião e S. Jorge. No séc. VIII, o Papa Zacarias transferiu para essa igreja de Roma a cabeça de S. Jorge.

A devoção a São Jorge chegou a Inglaterra no século VIII. No ano de 1101, o exército inglês acampou na Lídia antes de atacar Jerusalém. A Inglaterra tornou-se o país que mais se distinguiu no culto ao mártir São Jorge...

Em 1340, o rei inglês Eduardo III instituiu a Ordem dos cavaleiros de São Jorge.

Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que fez São Jorge, padroeiro da Inglaterra até hoje.

Em 1420, o rei húngaro, Frederico III (1534) evoca-o para lutar contra os turcos.

As Cruzadas Medievais tornaram popular no ocidente a devoção a São Jorge, como guerreiro, padroeiro dos cavaleiros da cruz e das ordens de cavalaria, para libertar todo país dominado e para converter o povo no cristianismo.

Seu dia foi colocado no Calendário particular da Igreja, isto é, celebrados nos lugares de sua devoção.
"A devoção de São Jorge nos deve levar a Jesus Cristo".  

                                                    Cardeal D. Eugenio Sales

São Jorge deve ser a força de Deus na luta dos excluídos e marginalizados da sociedade.

Novena de Santa Clara de Assis



Novena à Santa Clara

Ao iniciar a Novena

Deus vinde em nosso auxilio.
Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
Querida Santa Clara, que seguistes de perto São Francisco, na vida de pobreza e no amor ao próximo e de Deus, olhai carinhosa para o mundo de hoje, tão necessitado de vossa proteção.
Ouvi meu pedido e concedei-me a graça que vos peço, com fé e confiança.
Como verdadeiro necessitado, rogo-vos que me alcanceis de Cristo a saúde espiritual e corporal, para mim e meus familiares.
Sobretudo, peço a vossa ajuda para o problema que me aflige..... (especificar o problema)
Atendei-me, Santa Clara, pela força que tendes junto a Deus e pela fé que me faz buscar vossa proteção. Amém.

Oração Final:

Após reflexão e meditação
Um mistério do terço em louvor a Maria Santíssima.

Primeiro Dia

Reflexão:
"Uma voz cantava ao longe, entre o luar e as pedras.
E nos palácios fechados, entregues as sentinelas,
exaustas de tantas morte, de tantas guerras!
Estremeciam os sonhos no coração das donzelas.
Ah! que estranha serenata, eco de invisíveis festas!
A que se dirigiam palavras de amor tão belas, tão ditosas (de que divinos poetas? ),
como as que andavam lá fora pelas ruas e vielas,
diáfanas, à lua, graves, nas pedras...? ".
Meditação:
Era a voz de Francisco porque Clara sabia do alvoroço em Assis.
O rico, ambicioso e gentil jovem, filho de um comerciante e rei de noitadas e suntuosas festas, de repente deu uma guinada fantástica em sua vida que, até então estava baseada no luxo, prazeres e futilidades do mundo.
Uns o chamavam de louco, outros de excêntrico.
Clara se deixava questionar.
Para ela, o rumo novo da vida de Francisco se tornara um espinho de interrogações.
Francisco falava de Deus e com Deus; falava de Deus para todas as criaturas.
Tornando-se homem-transparência de Cristo, do Evangelho e da Mensagem Viva de um ideal.

Segundo Dia

Reflexão:
"Fechai os olhos, donzelas, sobre a estranha serenata!
Não é por vós que suspira, enamorada......
Fala com dona pobreza, o homem que na noite passa.
Por ela se transfigura, que é a sua Amada!
Por ela esquece o que tinha: prestígio, família, casa...
Fechai os olhos, donzelas! (Mas, se sentis perturbada pela grande voz
na noite a solidão da alma, abandonai, o que tendes,
e segui também sem nada essa flor da Juventude que canta e passa!)".
Meditação:
Francisco é feliz e cantando segui o Cristo pobre e humilde.
A Boa Nova tocou profundamente a alma sensível de Clara, que sentiu no seu interior vibrar acordes uníssonos aos de Francisco.
Era então preciso se encontrar com ele.
Precisava saber que dentro de Clara, a chama do novo ideal de vida evangélica estava latente.
Foi o início da amizade indestrutível, cujo elo era o amor mais puro e genuíno a Jesus Cristo.

Terceiro Dia

Reflexão:
"Cantara ao longe Francisco, jogral de Deus deslumbrado.
Quem se mirara em seus olhos, seguira atrás de seu passo!
(Um filho de mercadores pode ser mais que um fidalgo,
se Deus o espera com seu comovido abraço...)
Ah! Que celeste destino, ser pobre e andar a seu lado!
Só de perfeita alegria levar repleto o regaço!
Beijar leprosos, sem se sentir enojado!
Converter homens e bichos!
Falar com os anjos do espaço! (Ah! Quem fora a sombra,
ao menos, desse jogral deslumbrado!)".
Meditação:
A descoberta da pobreza como valor evangélico, como libertação interior, como imitação de Cristo Pobre encontrou o coração de Francisco e Clara. Eles quiseram ser pobres e viram na pobreza a condição para o seguimento do mestre que diz: "Vá vende tudo o que tens, dá aos pobres e siga-me".
Santa Clara seguiu a risca seu amigo Francisco.
A grande luta de sua vida foi ser fiel à pobreza escolhida.

Quarto Dia

Reflexão:
"Voz luminosa da noite, feliz de quem te entendia!"
(Num palácio mui guardado, levantou-se uma menina:
já não pode ser quem era, tão bem guarnida, com seus vestidos bordados,
de veludo e musselina: já não quer saber de noivos: outra é a sua vida.
Fecha as portas, desce a treva, que com seu nome ilumina.
Que são lágrimas? Pelo silêncio caminha...).
Um vasto campo deserto, a larga estrada divina!
Ah! Feliz itinerário!
Sobrenatural partida!
Meditação:
Clara, a primeira Franciscana, era uma jovem de escola que contava com 18 anos de idade.
Jovem, mas madura para dar resposta à audaciosa proposta de doação e entrega que a radicalidade de Francisco lhe propunha.
Entregou-se ao Cristo Pobre como Virgem Pobre.
A confiança de Clara no Pai que cuida das "Aves do Céu" e dos "Lírios do Campo", foi sem limites.
Ela enfrentou Bispos, Cardeais e o próprio Papa, na defesa de seu direito de viver o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo pobre como ela o entendia.

Quinto Dia

Reflexão:
"Escutai nobres fidalgos: a menina que criastes é uma vaga sombra,
fora de vossa vontade, livre de enganos e traves.
É uma estrela que procura outra vez a eternidade!
Despida de suas jóias e de seus faustosos trajes,
inclina a cabeça, com terna humildade.
Cortam-lhe as tranças: ramo de luz nos altares,
mais clara do que seu nome,
no fogo da caridade queima o que fora e tivera:
ultrapassa a que criastes!".
Meditação:
No dia 19 de março de 1212, Domingo de Ramos, na Catedral de São Rufino, o Bispo distribui os ramos bentos.
Clara não via o que se passava ao seu redor, pois, era o dia combinado com Francisco para a execução de seu audacioso plano de servir a Deus na pobreza e humildade de Jesus Cristo e sua Mãe Santíssima.
Na calada da noite acompanhada por sua prima Pacífica e num gesto de coragem e fortaleza, Clara intrepidamente, foge de seu palácio.
Isto, em sua época e em sua idade, demonstrava que, na radicalidade de opção, Clara era de extraordinária fibra, de uma estrutura humana e espiritual excepcional.

Sexto Dia

Reflexão:
"Voltaram os cavalheiros, com grande espanto na cara.
Palácios tristes... Inútil espada...
Que grandes paixões ocultas nas altas muralhas!
Pasmado, o povo contempla aquela chegada...
(Longe ficara a menina que servir a Deus sonhara, de glórias vãs esquecida,
da família separada. Força nenhuma a seus votos a arrancara.
Aos pés de Cristo caía: não desejava mais nada.)
Olhavam-se os mercadores, com grandes espanto na cara".
Meditação:
São Francisco com seus companheiros a esperam com tochas acesas na igrejinha de Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula.
Aí, aos pés da Virgem Maria, Francisco corta a linda cabeleira de Clara. Gesto simbólico de uma entrega total a Deus.
As vestes ricas são trocadas por um hábito simples, marrom, cor da terra ou das cotovias; e por cinto, Francisco lhe entrega a rústica corda:
Estava vestida a nova esposa de Cristo.
Francisco leva-a para o Mosteiro das Beneditinas onde estaria mais segura. A família fez tudo para trazer de novo a fugitiva para casa.
Clara estava armada com a força de Deus vencendo todas as ameaças.

Sétimo Dia

Reflexão:
"Do pano mais velho usava.
Do pão mais velho comia.
Num leito de vides secas, e de cilícios vestida,
em travesseiro de pedra, seu curto sono dormia.
Cada vez mais pobre tinha de ser sua vida,
entre orações e trabalhos e milagres que fazia,
a salvar a humanidade dolorida.
Mãos no altar, a acender luzes, pés na pedra fria.
Humilde, entre as companheiras; diante do mal,
destemida, irmã Clara, em seu mosteiro, tênue vivia".
Meditação:
São Damião é um conventinho fora dos muros de Assis.
A igrejinha em ruínas foi restaurada por Francisco.
Ai está o crucifixo bizantino que lhe falara: "Francisco, vai e restaura a minha igreja".
Para este lugar tão querido, que lhe recordava profundamente a própria conversão, é que Francisco conduziu suas primeiras discípulas.
O conventinho pequeno, pobre, humilde, encantou o coração de Clara e rapidamente se povoou de vozes juvenis cantando dia e noite os Louvores de Deus.

Oitavo Dia

Reflexão:
"Já quarenta anos passaram: é uma velhinha,
a menina que, por amor à pobreza, se despojou do que tinha,
fez-se monja, e foi com tanta alegria servir a Deus nos altares,
e, entre luz e ladainha, rogar pelos pecadores em agonia.
Já passaram quarenta anos: e hoje a morte se avizinha.
(Tão doente, o corpo! A alma, tão festiva!
Os grandes olhos abertos uma lágrima sustinham:
não se perdesse no mundo o seu sonho de menina!)".
Meditação:
Santa Clara, mulher de fé, possuía um poder maravilhoso que arrancava de Deus os maiores prodígios.
Esses favores extraordinários nunca eram para si, mas, para ir em socorro daqueles que padeciam necessidade e enfermidade.
Orava, fazia o sinal da cruz e o milagre acontecia.
Multiplicou pães, curou doentes das mais diversas enfermidades.
Adivinhou secretos sofrimentos e tribulações que outros padeciam, foi uma benção de Deus para todos que a conheceram.
Ainda hoje, Clara continua sua missão ao lado dos atribulados.
Há pouco tempo reencontraram Santa Clara e os jornais se encheram das manifestações de gratidão pela humilde Apaixonada por Jesus.
Novenas e orações se multiplicam e ela continua sua ação poderosa como intercessora junto a Deus, por todos que a invocam.

Nono Dia

Reflexão:
"Já seus olhos se fecharam.
E agora rezam-lhe ofícios. (Tecem-lhe os anjos grinaldas,
no divino Paraíso. "Pomba argêntea!" cantam, "Estrela claríssima!").
Irmã Clara, humilde foste, muito além do que é preciso!...
O caminho me ensinaste: o que fiz foi vir contigo...
(Assim conversam, gloriosos, Santa Clara e São Francisco,
Cantam os anjos alegres: vede o seu sorriso!).
Que assim partem deste mundo os santos, com seus serviços.
Entre os humanos tormentos, são exemplo e aviso,
pois estamos tão cercados de ciladas e inimigos!
"Santa! Santa! Santa Clara!" os anjos cantam.
Meditação:
A vida de Clara se passou no silêncio e na humildade de uma vida reclusa e pobre.
Mas, Deus "exalta os humildes"; quis que sua serva tivesse uma morte gloriosa e seu sepultamento fosse uma apoteose.
Clara vivia os seus últimos momentos neste mundo rodeado por suas irmãs. A certa altura diz baixinho:
"Vai segura minha alma, pois tens um bom guia para o caminho. Aquele que te criou, te ama ternamente, como uma mãe a seu filhinho querido!
Ela falava com sua alma, e assim acrescentou:
"Sê bendito, Senhor, por me haveres criado!".
Foram suas últimas palavras.

Oração à Santa Clara:

Oh! amável Santa Clara, por teu amor à infância de Jesus.
Alcança-nos a proteção sobre nossa família;
Por teu amor à paixão de Jesus, alcança-nos força e coragem na provação.
Por teu amor à Igreja, alcança-nos a Fé, a Esperança e a Caridade.
Por teu Amor aos irmãos, alcança-nos a graça que vos pedimos...
Por teu amor a oração, alcança-nos o desejo de "Estar" com o Senhor.
Por teu amor à pobreza, alcança-nos desprender-nos dos vícios e pecados.
Por tua Santa Morte, alcança-nos também a nós,
uma vida e morte santas nas mãos da Virgem Maria.
Amém.
Santa Clara de Assis...
Rogai por nós!

Oração de São Lourenço


São Lourenço Padroeiro dos Diáconos, rogai por nós e por todos aqueles que servem à mesa do Senhor!


Onipotente Deus, que ao vosso bem aventurado mártir São Lourenço destes forças para triunfar sobre as chamas e os seus tormentos, concedei-me que se extingam em mim as chamas de toda a sorte.
Intercedei ó glorioso e corajoso mártir, que mesmo na hora da morte zombaste do vosso carrasco, para que Deus acolha as minhas súplicas, eu que me vejo atormentado e ameaçado pelo fogo do inferno .
Reparti comigo vossa coragem para enfrentar os tiranos, vossa lucidez para encarar os perigos e vossa fé para depositar em Deus vossa vida e vossa alma. Atendei Senhor minha súplica , através da bondosa intercessão do corajoso mártir São Lourenço


Por Cristo, Nosso Senhor, que convosco vive e reina, Amem.!